Terreiros de ESTUDOS

Os Terreiros de Estudos surgem tendo como referência a etimologia da palavra “terreiro”, ou seja, “relativo a terra, solo”, mas também, e principalmente, a sua forma social que possibilitou ao negro brasileiro vivenciar um local de resistência pela religião e pelo costume, pois os terreiros no início foram para o povo negro locais de proteção e guarida.

Hoje os terreiros de matrizes africanas além de serem locais de celebração religiosa, promovem ações políticas e projetos diversos, realizam ações sociais e comunitárias, sendo espaços de encontros, de preservação, de ligação, de resistência/re-existência.

Outra referência vem do interior do Brasil, onde o terreiro é também definido enquanto um espaço em frente das casas que serve como quintal e que também se destina a festas, a encontros. Tendo isso em vista, Os TERREIROS DE ESTUDOS da ELT são unidades básicas de resistências e de organização ou reorganização do pensamento, buscando estabelecer novos sistemas de defesa, que para a comunidade escolar ELT passa por respostas criativas para situações de desastre mental e social, ou seja, pela “descolonização do pensamento”.

Os TERREIROS DE ESTUDOS da ELT são territórios autônomos de encontro e pesquisa em teatro, que se propõem a criar um espaço de convívio e de socialização do conhecimento, onde seja possível o estudo de outras narrativas de mundo – diferente das hegemônicas que se impõem – disputando territórios do imaginário e propondo novos modos de produção artística que se opõem ao capitaliCISmo racista. No caso da ELT cada TERREIRO foi nomeado conforme a pesquisa do(a) artista a partir de questões específicas da escola.